sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Emocionante!!

Salut, mes amis!

Ontem à tarde fui ao coquetel de estréia da série J'adopte un pays na Radio-Canada, com a participaçao chiquérrima dos amigos Patrick e Valéria e participaçao especial do Erasmo e Elaine . =)

A série terá 21 episódios e vai contar toda a história deles, desde a época antes de vir, até a adaptação deles nos primeiros meses. Ontem, nós pudemos assistir aos 3 primeiros episódios e o fato é que eu nunca pensei que fosse me emocionar tanto, gente!! Caramba, muito bem feitos os videos, foi como se eu revivesse toda a minha partida de lá pra cá... Encontros de imigrantes, arrumaçao de malas, despedidas, chororôs, trocas de aeroporto, chegada a Montréal!!

Sem palavras pra descrever, viu... Amigos, parabéns pelo video. Mais do que parabéns, vocês são muito sortudos e abençoados por poderem guardar pra sempre, nao só na memória, mas em vídeo (!!!) como foi todo o início de vocês aqui!! Não é pra qualquer um não, hein? hehehe

Pessoal da família, acho que vocês vão gostar também, principalmente no próximo episódio, porque mostra um pouco o lado dos familiares que ficaram aí...

E pra quem está por vir, eu sugiro: vejam agora, mas quando chegarem aqui, vejam de novo!! Tenho certeza de que vão se identificar, como todos nós ontem nos identificamos!! A mulherada chorou que só!

Bonne fin de semaine à tous!

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Curiosidades básicas

Oi, Gente!
Esse post vai ser só pra falar sobre algumas curiosidades que quando me deparo com elas, sempre penso: "tenho que fazer um post sobre isso". rs...

1: Já ouvi gente me dizendo que peito de fora pra eles aqui no Canadá é normal, que o que não pode eh chamar a atençao pro bumbum... Pois eu quero fazer aqui a minha observação sobre isso. Nao sei quanto ao resto do Canadá, mas aqui no Quebec, já vimos (e nossos maridos podem confirmar!! =/ ) mulheres usando umas super-micro-mini-saias, que de tão minis, chegam a mostrar a "popinha"do bumbum, sabe como? E ninguém fica olhando não... Mas no primeiro dia que eu vesti um vestido tomara-que-caia, me senti a mulher mais vulgar do mundo, porque todos ficavam me olhando, olhando pro meu ombro e colo, como seu eu tivesse nua!!! Juro que me deu vontade de falar: "oi, tudo bem? Aquela bunda exposta ali nao te ofende muito mais do que meus ombros e meu colo nao???"

2: Nada a ver com o assunto acima, mas vocês sabiam que aqui, a fechadura tranca pro lado que se costuma abrir no Brasil, e abre pro lado que se tranca? rs... Ou seja, na hora de trancar a porta, volta e meia me pego conferindo se tranquei mesmo, porque tenho que girar a chave pro sentido horário, e não anti-horario, como era de costume.

3: A moda dos bonés masculinos aqui é, no mínimo, bizarra! rs... Lembram do Nhônho do Chaves? Aquele gordinho que às vezes usava um boné com a aba dele bem retona?? Aqui todos os "bad-boys" usam assim. O que, cá entre nós, de "bad" nao têm nada, eles ficam mesmo é com cara de.... Nhônho!!!
4: Nosso professor de Brasília já havia dito isso e nós confirmamos: sunga aqui, é coisa de velho!!! rs... Isso mesmo. O normal pros homens é usar short de banho, quase uma bermuda... Alexandre já aderiu à moda local, quando fomos pro chalé do Antoine! (Aliás, foi um dia show de bola). Nem preciso falar da minha troca do biquini brasileiro pelo modelito canadense, ne? rs...

5: Aqui em Montréal, a grande maioria dos comerciais de TV tem sua versão em inglês e em francês, num mesmo canal. O engraçado é que quase nunca são os mesmos atores que fazem as duas versões. Acontece, por exemplo, de num anúncio em inglês, a garota-propaganda ser morena e na versao francesa, ser uma loira (ou vice-versa, foi só um exemplo). Alexandre e eu já demos uma viajada neste assunto, tentando encontrar possiveis diferenças no público-alvo que explicasse o fato, mas realmente nao conseguimos descobrir o verdadeiro motivo. rs...

6: Esta última curiosidade, tivemos todos que aprender na marra!! Erasmo e Anderson que o digam... Aqui, nao se pode fazer churrasco nos parques nao... Outro dia juntamos a brasileirada toda num parque aqui perto de casa, os meninos levaram a churrasqueira portátil deles e estávamos lá, felizes da vida fazendo um churrasquinho na brasa, quando de repente, chegaram 3 policiais querendo nos multar. Na minha doce ingenuidade, fiquei achando que era por causa da latinha de cerveja que estava na minha mão e na mesma hora dei um jeito de guardá-la. Mas nao... O motivo era o fogo. Incêndio aqui é como assalto no Rio. rs... Tem toda hora, em todo lugar, pequenos incêndios. E por isso, você pode ouvir a sirene dos bombeiros praticamente todo dia passando perto da sua casa.
Mas, voltando ao assunto da multa, a policial nos deu a chance de fecharmos a churrasqueira e irmos embora, pra não pagarmos a multa... Entao foi o que fizemos... E o resultado deu nisso:

Anderson e Erasmo, carregando a churrasqueira ainda quente, rumo ao quintal de Léo e Aline (reparem nos 3 policiais sentados na mesa, aguardando nossa saída!!):

Juntando as coisas pra irmos embora...



E depois, comendo o salmão que o Anderson fez e papeando!! E claro, tinha carne também, né gente.



Por hoje é só, pessoal! =)

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

2 meses! E a saudade apertando...

Oi, gente!

Desculpem o sumiço, mas a correria tá grande por aqui. Tão grande que às vezes me assusto quando penso que já vamos completar dois meses de Montréal. Pra alguns pode até parecer pouco, mas pra nós, que aguardamos com tanta ansiedade a nossa vinda durante mais de um ano, quando olhamos pra trás e nos vemos aqui hoje, dá quase um nó na cabeça! rs...

Ainda é cedo pra tirar conclusões exatas e concretas sobre esse assunto mais-que-complexo que eh a imigraçao, mas posso dizer que estamos indo muito bem, obrigada! Após dois meses, já me sinto um pouco mais à vontade com a cidade, com o transporte que é muito bom, a localização das ruas (peguem o mapa de graça no metrô!!), e até com o sotaque quebecois: um dia após o outro, galera! A questao da língua, nao tem jeito: é estudar mesmo, e evoluir dia após dia, com cada palavrinha, cada expressão nova que aprendemos e que vamos guardando na caixola.

Já conheço alguns bons supermercados, outros mais carinhos, e já faço bastante uso dos "publi sacs" (o Alexandre adora!), com as promoções da semana. Já aprendi que podemos colocar cartas no posto do correio que existe dentro da Pharmaprix, bem como comprar o ticket do metrô lá também! Aliás, já aprendi que existe o Metro supermercado, o jornal Metro e o Metro metrô mesmo... rs...

Já aprendi tb que a cidade subterrânea não se resume ao Centre Eaton ou ao Les Ailes (Marcelo de Brasilia, tenho que voltar atrás e você vai me odiar por isso, mas a cidade subterranea não eh uma fraude não!! rs... Mas defitinivamente estamos deixando pra explorá-la melhor no inverno, com esse solzão que está fazendo todo dia, nao rola de ficar debaixo da terra, né!).

E definitivamente, hoje eu entendo o que todo mundo me dizia, mas eu achava que era um pouco de exagero: o que é a saudade, quando se viaja emigrando. É uma saudade completamente diferente daquela que você sente, quando vai fazer um intercâmbio ou sai de férias por um mês... E olha que eu sofri quando fiz intercâmbio, viu! rs... Mas o negócio aqui dói porque você vai, sem ter data pra voltar, sem saber quando vai rever a família e os amigos da sua terra-natal. Então parece que fica um vazio, sabe? É como se lááá no fundinho, eu ficasse pensando "tá tudo muito bom, tá tudo muito bem, mas... Quê que tá faltando mesmo? Aaah, a família e os amigos!"

Outro dia aconteceu uma coisa engraçada, foi no dia do meu aniversário, e eu saí da sala do curso de francês, pra atender ao telefonema da minha mãe e da minha irmã. Depois de chorar com elas, voltei pra sala com a cara inchada, todo mundo ficou me olhando e comecei a chorar de novo. rs... Fiquei sem graça e saí pra lavar o rosto. Ao final da aula, Alexandre veio me contar que quando eu saí, ele explicou que eu estava saudosa por ser meu aniversário e a mulherada toda da sala começou a chorar também, inclusive a professora. rs... Agora, imaginem comigo a cena: um monte de mulheres, de vários lugares do mundo (venezuelana, ucraniana, romena, koreana, e por aí vai), todas chorando, pq sabiam exatamente do que eu estava falando! A saudade é universal, galera! rs... Essa palavrinha pode até não existir em nenhuma outra língua, mas o sentimento tá ali.

Foi engraçado, mas foi bom isso ter acontecido, porque eu pude ver que nao sou a única! Que a saudade aperta muito neste começo mesmo, e vai continuar apertando por um bom tempo, até eu ter de fato uma rotina, um trabalho fixo (estou trabalhando neste restaurante, mas não sei se será por muito tempo), e principalmente: uma profissão fixa! hehehe. Mas isso é oooutro assunto, pra oooutro post.

Pra acabar, como eu disse à Carol: não quero assustar ninguém, muito pelo contrário, não me arrependo em nenhum momento de ter vindo, porque isso aqui é bom demais e ainda vai ficar muito melhor!! Mas quem for apegado à família como eu, prepare-se, porque no começo não é fácil não!!

O negócio é pensar a longo prazo, e daqui um ano ou dois, vai ser legal rever este post e sentir que estou mais forte neste quesito e em todos os outros também. J'espère!! =D